Passado, presente, futuro... Onde você está?


Ontem recebi um vídeo que se intitulava “Para matar a saudade - túnel do tempo”. Talvez você o tenha recebido também. Ele vem com a trilha sonora de várias músicas de algumas décadas atrás (anos 70, se não me engano), e com imagens de várias lembranças daquela época: produtos, programas de TV (Túnel do Tempo, por exemplo), etc. No final da apresentação, uma mensagem: “A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena”

 Com certeza, isto pode ser uma grande verdade. Mas comecei a refletir sobre aquele vídeo... Será que naquela época dávamos tanto valor àquelas coisas como depois que elas se foram?

Ter saudade é bom quando temos um sentimento positivo nesta saudade, quando nos lembramos do que passou com alegria, e não porque não conseguimos fazer o nosso presente melhor do que o nosso passado. Temos que ter cuidado com esse excesso de saudosismo, pois ele pode fazer com que fiquemos mais no passado do que no presente. Ele pode fazer ficarmos parados no tempo. Tem muita gente que se alimenta do passado, que lamenta a época que se foi. Precisa-se estar atento a isto. É importante estarmos inteiros no presente e com os olhos no futuro, e não no passado.

A vida anda pra frente. Ela é movimento contínuo. Se não a acompanhamos, ficamos para trás. Procurar viver o presente da melhor forma possível, e com um vislumbre otimista do futuro, é a forma mais saudável e próspera de viver. Quando falo vislumbre otimista do futuro, falo em se ter metas, objetivos (de qualquer natureza) e estarmos trabalhando neles a partir do hoje. A vida é construção, e só se pode construir o que está por vir e não o que já passou.

Sei que há muitos que preferem o mundo de antigamente ao mundo atual. Eu mesma me imagino melhor vivendo num filme de época, e não numa ficção científica, por exemplo. Tem muita gente que reclama do excesso de tecnologia, de comunicação… Sim, aquela época era mais gostosa, mais calma. Mas eu seria ingrata se não reconhecesse as portas que a tecnologia me abriu. As oportunidades e os ganhos que a internet, por exemplo, me deu e me dá. A facilidade que a comunicação global atual me proporciona. Agora mesmo, quem estaria lendo este meu texto, se não fosse tudo isto? Eu estaria angustiada, em casa, querendo me expressar, com ânsia de colocar as minhas ideias, pensamentos e sentimentos para o mundo, através da minha escrita, e não teria um canal tão rápido e eficiente. Já me vi assim... No início dos anos 90.

O importante é sabermos tirar o melhor de cada momento presente, aproveitar as oportunidades que cada situação nos revela e nos proporciona. Isto é saber viver. Pois em tudo na vida, e em todas as épocas, há os prós e os contras. E o sábio é aquele que não se lastima, simplesmente segue em frente.

Voltando ao vídeo que recebi, ficou claro perceber que as coisas do passado que eu mais gostava, presentes naquela mostra, não eram insubstituíveis. Adorava as músicas, mas depois vieram outras melhores, e continuam vindo, é só saber procurar. Lojas como a Mesbla, existem um monte por aí.  (O que são os shoppings se não uma Mesbla superdimensionada?) E as balas Soft … Bem, não sou mais criança, né?

Vamos tentar fazer do nosso presente o melhor momento de nossas vidas. Afinal, como é bem falado por aí, o nome já diz: ele é um presente. Um presente da vida, do universo. Por mais difícil que esteja seu momento presente, saiba que você pode mudá-lo. Olhar para o futuro com esperança vai ajudar nisto. Olhe para o horizonte e crie metas, objetivos; veja seus sonhos realizados no futuro, e trabalhe no presente para materializá-los. Do passado, traga a experiência e a alegria dos bons momentos vividos.

Se o mundo atual não está muito bom para você, não se preocupe, faça a sua parte. Uma sociedade é formada por indivíduos. Se todos estiverem bem, produzindo e felizes, teremos um mundo melhor. Somos como pequenas células em um organismo gigante. Se cada um for responsável pelo seu presente, poderemos criar um futuro que valha a pena. Faça e viva o seu melhor hoje, o mundo agradece.


Anna Leão (favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este artigo)