VENTOS DA MUDANÇA

De Metamorfose


Hoje acordei em meio a uma grande ventania. Há muito tempo que não vejo - e ouço - um vento tão forte assim, e tão duradouro, pois ele continua a cantar.

Isto me fez pensar sobre os ventos das mudanças. Este me parece um Sudoeste. Não é um Vento Norte como no lindo filme Chocolate, com Juliet Binoche e Johnny Depp. No filme o Vento Norte sempre anunciava mudanças radicais para a personagem de Juliet.

Sinto que todos os ventos trazem a energia da mudança. Se a queremos, devemos nos sintonizar com ele.

Eu, particularmente, adoro o seu canto, o seu uivo. Você já experimentou dançar o som do vento?

Ontem à noite houve uma tempestade com raios e trovões. Também as adoro! Acho lindo ver os raios no céu.

Juntando as duas energias, a da tempestade de ontem e da ventania de hoje, percebi isto como um marco de mudança, tanto pessoal, como social. Lembrei-me das eleições que se aproximam, quando domingo agora, todo o Brasil escolherá o prefeito de suas cidades.

Oyá, Iansã, é uma Deusa, um Orixá, dos ventos, das tempestades, do poder de liderança feminina. Torço para que ela esteja trazendo a energia feminina para esta minha cidade, o Rio de Janeiro.

Esta energia não precisa vir necessariamente na figura de uma mulher como prefeita. Um homem também pode trazer a energia feminina de amor, compaixão e paz, que o Rio tanto precisa.

Ontem à noite quando da tempestade eu pedi à Oyá que levasse embora o excesso de agressividade destrutiva que há no Rio e em mim. Sim, em mim, porque todos nós temos a energia da agressividade e ela deve ser usada construtivamente.

Muitas vezes, por diversos fatores, quando não a aproveitamos construtivamente ela se torna destrutiva. E frequentemente ela cai contra nós mesmos.

Por isto sempre que presencio uma tempestade aproveito para saudar a Deusa desta energia poderosa e pedir para ela transmutar a minha agressividade destrutiva em agressividade construtiva.

Voltando às mudanças, percebo que elas estão aqui, batendo na porta, pois o vento continua a cantar e Oyá continua a bailar.

Anna Leão. (Favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este texto.)


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