Até que ponto devemos parar nossa vida por conta das catástrofes naturais?

De METAMORFOSE


Infelizmente para muitas pessoas a resposta a esta pergunta não parte de suas escolhas, mas sim das tragédias que se abatem sobre suas vidas, pois perdem famílias, casas ou a própria vida.

Ontem assisti ao Arnalo Jabour no Jornal da Globo e ele colocou muito bem a diferença entre tragédia e drama. As pessoas a quem me referi acima sofreram uma tragédia em suas vidas. Mas para grande parte da população do Estado do Rio de Janeiro, o que acontece é um drama. Aquele draminha de ficar preso na rua, no engarrafamento, não poder sair de casa, ver seus planos frustrados e é aí onde quero chegar.

Talvez para não passarmos do drama à tragédia e perdermos nossa própria vida, devamos "parar " um pouquinho a nossa vida, isto é, mudar os planos, se dar menos importância, sair do nosso mundinho particular, no qual estamos sempre tão absorvidos, e olharmos para o mundão aí fora e ver o que está acontecendo.

O que quero dizer com isto é que o clima está completamente instável, a previsão de chuva é até sábado, a intesidade não se sabe, pois os equipamentos que nossa metereologia dispõem infelizmente não são dos melhores. Mas os ventos estão fortes, há também um ciclone no oceano prometendo ondas de até 5 metros. Então , por tudo isto, não será mais prudente se proteger, "atrasar" nossa vida um pouquinho, cancelar alguns compromissos? Tudo isto quem pode, é claro! E muita gente pode!

Não vamos nos revoltar porque tínhamos mil coisas planejadas, porque agora toda nossa vida saiu do lugar, pois coisas mais importantes saíram de fato do lugar, as casas de muita gente, por exemplo! Vamos ser mais humildes, vamos? Dá pra ser? Quem sabe parar um pouquinho ou simplesmente diminuiro o ritmo não é o que estamos na verdade precisando. Vamos tentar ver as coisas com uma amplitude bem maior!

Não falo só pra você, eu também estava assim. Todos nós se não tomarmos cuidado caimos na armadilha da massificação. Nos achamos diferentes, mas se analisarmos bem a nossa conduta vemos que estamos agindo igual a todos. Não, a massificação não é boa porque ela está cheia de vícios, de ansiedade, de ambição, de individualismo, de egoísmo e, por aí vai. A massificação não é como uma comunidade, um clã, em que todos agem parecidos, mas conseguem preservar a sua individualidade ao mesmo tempo que têm um mesmo objetivo em comum, a verdadeira união e generosidade.

Tem coisas que acordam a gente. E eu fui acordada pelo meu estado de ânimo, que mudou drasticamente, sem motivo aparente, de um dia para o outro. Isto se deu na terça da semana passada, dia 30 de março. Levantei estranha, com muito sono, e me senti por vários dias, sem entusiasmo, triste, muitas vezes com vontade de chorar. É claro que usei meus conhecimento pra melhorar este astral com purificações de várias ordens. Mas coinscidentemente ou não (e eu não acredito em coinscidências), melhorei meu astral na última segunda, no dia em que caiu a grande chuva, aqui no Rio, no dia da enchente. É como se estivesse algo latente e eu estivesse sentindo, e isto nunca me aconteceu antes. Quando o fato se concretizou me liberou, podemos falar assim.

Associei este meu estado inexplicável ao ocorrido porque nesta mesma semana também tive um sonho com água, muita água, chuva, mar, tempestade. Não costumo ter sonhos premonitórios, geralmente eles são mais simbólicos, isto quando não são corriqueiros, mas eles têm ficado muito, muito simbólicos ultimamente.

Tudo isto que eu vivi me fez sentir - sentir é diferente de saber; eu acho que é você saber de fato - que eu faço parte de tudo aqui, que eu estou conectada com tudo que acontece, principalmente ao meu redor ( só que não sou só eu, é todo mundo, querendo ou não). Por isto, por esta experiência que vivenciei é que falo aqui para prestarmos atenção aos sinais, ao que de fato acontece, e para sermos um pouco mais humildes, isto pode salvar as nossas vidas.

Se dá para seu filho não ir para escola, deixe ele em casa; se dá para desmarcar aquele médico, fique em casa. Vamos ficar em locais seguros, vamos sair menos até que o clima se estabilize. Não quero assustar ninguém, longe de mim. Só quero que tenhamos mais responsabilidade com nós mesmos e não nos achemos invencíveis.


Anna Leão

Comentários

Concordo, Anna! Tempo pra dar uma diminuída na atividade externa e olhar pra dentro. Bjs!
. disse…
Realmente Anna.

E´ muito bom quando as pessoas se conectam e percebem o que e´ sutil.

Parabens.

Que Sejas Muito Abencoada.
Anna Leão disse…
...e a Deusa começa a descer o labirinto e nos convida a fazermos o mesmo, Carmen querida! É o outono que chegou!
Beijosssssssss
Anna Leão disse…
Obrigada, Evangelina!

Parabéns também pelo seu espaço e pelo seu trabalho!

Abençoada seja você tb!!!!