Equinócio de Outono - Mabon
Tanto no primeiro dia do Outono como no da Primavera, a noite e o dia têm a mesma duração. Este dia de equilíbrio entre polaridades, no Equinócio de Outono, nos convida a meditarmos sobre o equilíbrio em nossas vidas e em nosso interior.
Será bom refletirmos sobre o que podemos fazer para conciliarmos os opostos ou aspectos de nossas vidas que estejam precisando de equilíbrio. É tempo de equilibrar luz e sombra, assim como mente, corpo e alma. Podemos também nos utilizar de algum símbolo de equilíbrio como o Yin/Yang, ou o Triskle Celta, por exemplo, e nos concentrarmos nele por alguns minutos.
Mabon é o nome dado pelos Celtas gaueleses para o Equinócio de Outono. Ele faz parte das oito celebrações da Roda do Ano que marcam, entre outras coisas, as mudanças ocorridas na Natureza, no fluxo dos acontecimentos e no nosso interior. Enquanto em Lughnasadh tivemos a primeira colheita, aqui temos a segunda.
É o momento de agradecermos por tudo que colhemos no período de um ano, desta vez com mais veemência do que na primeira colheita; tanto é que neste festival não devemos pedir nada, apenas agradecer. Ele corresponde ao dia de Ação de Graças . É uma época de agradecimento e de reverência à Terra, que nos sustenta e nos nutre. É um momento propício para trabalharmos a cura da Terra.
É também um tempo de preparo para um período de mais introspecção e recolhimento, quando chegar o inverno, pois a partir do segundo dia do Outono, depois do dia de equilíbrio, as noites começam a ficar mais longas do que os dias. Mabon é também o nome do Deus Celta galês, filho de Madron, a Mãe divina dos gauleses.
Dentro da Roda do Ano, este festival marca o último do calendário Celta, quando no próximo festival, em Samhain, iniciamos um novo ano.
Em Mabon, a Deusa, enquanto nos propicia a colheita, começa a sua descida para o submundo, entrando em seu período não fértil e se tornando A Sábia. O Deus está prestes a penetrar na escuridão, deixando apenas uma presença sutil.
Se meditarmos bem sob o parágrafo anterior perceberemos o quanto a trajetória do Deus e da Deusa são facilmente percebidas na Natureza e em nossas vidas pessoais.
Junto com o texto deixo as duas figuras para meditação: um Yin/Yang estilizado, contendo outros símbolos equilibrados e o Triskle Celta, um símbolo celta de proteção e de equilíbrio que representa também os três reinos: o Céu, a Terra e o Mar.
Anna Leão. (Favor mencionar fonte e autoria ao reproduzir este texto.)
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Beijos!
Anna