A Lei do Distanciamento - a arte do desapego
O Universo é regido por várias Leis Espirituais. Estas leis
comandam tudo que há no mundo, inclusive nós, seres humanos, que fazemos parte
deste mundo. Estarmos sintonizados com estas leis é a garantia de fluirmos com
o Universo, numa prosperidade constante e contínua em todos os níveis de nossas
vidas.
Uma destas leis é a Lei do Distanciamento, explanada no
livro A sete Leis Espirituais do Sucesso, de Deepak Chopra.
Esta lei talvez seja uma das mais difíceis a serem compreendidas e postas
em prática, devido ao apego existente e estimulado em nossa sociedade
ocidental.
A Lei do Distanciamento se baseia no desapego, no soltar.
Não devemos nos apegar ao que queremos, aos resultados, aos objetivos finais, a
nada. É um pouco daquele preceito: o importante é a jornada. E é isso mesmo! Deleitarmo-nos
com o processo, com o tempo presente de nossas ações, rumo aos resultados
almejados. Simplesmente ir no fluxo, deixando fluir o movimento que nos levará
naturalmente onde queremos chegar. Não é
nos esquecermos de nossos objetivos, muito menos ficarmos de braços cruzados, é
apenas nos desapegarmos dele.
Como me desapegar daquilo que quero alcançar?! Pode parecer
estranho, até mesmo contraditório, principalmente visto pelo paradigma vigente
do apego. Mas não é. Continuamos com nossa intenção – aliás, outra Lei
Espiritual, a Lei da Intenção e do Desejo (também abordada no livro de Chopra). Temos nossa
intenção, e, inclusive, ela precisa ser bem clara. Mas não podemos ficar presos
nela. Sabemos o que queremos, trabalhamos em prol de conseguirmos atingir
nossos objetivos, mas não nos apegamos a eles, em nenhum nível.
Na Lei da Intenção e do Desejo está implícita a certeza da
realização de nosso objetivo. A confiança e a autoconfiança que isto gera,
permite que a Lei do Distanciamento seja aplicada quase que automaticamente. Se
temos a certeza que nosso desejo se realizará, podemos soltá-lo, nos distanciarmos
dele, pois, por esta certeza, já o sentimos realizado. E, na verdade, ele já
está realizado, energeticamente, só falta se materializar. Você percebe como
estas duas leis espirituais estão intimamente ligadas? Parecem contraditórias,
mas na realidade, uma é consequência da outra.
Para entendermos melhor a Lei do Distanciamento, vamos usar
um estado emocional tão presente nos dias de hoje na população, a ansiedade.
Ela é um reflexo de como estamos no apego e tão distantes, sem trocadilhos, de
nos aprumarmos com a Lei do Distanciamento. Uma das características desta lei,
além da certeza de nossos objetivos já alcançados, é a paciência. Nenhum ansioso é paciente.
Quando estamos neste estado, mesmo que não seja constante, estamos sem
paciência. A ansiedade é fruto do apego, do imediatismo ou da insegurança. Na
Lei do Distanciamento não há lugar para nada disto, pois ela é exatamente o
contrário disto tudo. Ela é desapego, paciência e confiança.
Quando estamos em fase, isto é, alinhados, com a Lei do
Distanciamento nos sentimos leves, tranquilos e seguros em relação aos nossos
objetivos. Conseguimos apreciar melhor a paisagem da estrada, sem a pressa de
chegarmos logo ao destino almejado, pois nos sentimos como se já estivéssemos
lá, aquilo já faz parte de nós, vemos e sentimos tudo de uma perspectiva maior.
Soltar o problema, a intenção ou mesmo uma situação é termos
calma para construirmos o que queremos da melhor maneira. É conseguirmos
encontrar soluções para problemas, onde antes parecia que não havia. Aliás, com
a Lei do Distanciamento em ação, a probabilidade dos problemas aparecerem em
relação ao nosso objetivo é quase nula.
Aplicar a Lei do Distanciamento é olhar tudo com uma visão
mais ampla, como a águia que enxerga tudo de cima, percebendo a vastidão de
peixes que se encontram no mar para alimentá-la. Com isto ela não se identifica
com uma presa apenas, pois ela sabe que o Universo tem Infinitas Possibilidades
para suprir a sua fome.
Anna de Leão.(Favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este artigo)
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