À GRANDE MÃE
Meus mundos são miragens construídas por Ti
São viagens evanescentes de tamanho esplendor
Janelas abertas para a Tua beleza
Portas ainda fechadas para os Teus mistérios
Sou um ser pensante, caliente e gritante
Um ser de alma etérea e esfusiante
Me solto a cada passo num abismo sem fim
Com a certeza de cada salto ser algo pra mim
Tenho o mundo dentro e fora de mim
A vida, a morte, e nada do fim
As quatro estações, o dia e a noite
O ser, o não ser, e o meio dos dois
Pois sou pássaro igual a Ti
Sou lobo uivando pra Ti
Sou o brilho da Lua e a queda da água
Sou o Sol resplandescente e a chama ardente
Não me deixe fugir daquilo que sou
Não me deixe pensar bem menos do que sou
Pois um dia chegará que o véu cairá
E verei em mim toda a Tua verdade!
Anna Leão (Favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este poema)
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