POETIZANDO...


SEM NOME

As coisas que ouço de ti são mais profanas do que teus gestos obscenos
Me mostra agora a língua ferina
Me mostra agora as tuas cores malditas

Se espelham em mim pessoas vazias
Ocas por dentro, de fé e amor

Chame mais uma vez pelo nome daquela que te salvará
E vira novamente as costas para aquela que um dia te envenenará.

Anna Leão (favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este poema)



DESALENTO

Soletrando palavras de amor
Mais uma vez parei para sentir a dor.
A dor de não ser querida
A dor de ser preterida.
A dor insana de alguém
Que a morte esqueceu de levar

Lambe a ferida mais uma vez
E toca no meu coração sangrando
Que em desespero espera mais uma vez
Por um único beijo teu

Anna Leão (favor mencionar autoria e fonte ao reproduzir este poema)



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