A Todo Volume!

De METAMORFOSE


Sou uma fã do rock, das guitarras, dos guitarristas e de Jimmy Page. Não dava para não sair emocionada do cinema ao degustar o longa A Todo Volume (It Might Get Loud), dentro do festival de cinema do Rio de Janeiro.

Mas apesar destes quesitos serem mais do que suficiente para me emocionarem, houve mais coisa. O documentário mostra todo o processo de criação de três grandes artistas, três grandes músicos de gerações diferentes: Jimmy Page (Led Zeppelin), The Edge (U2) e Jack White( White Stripe). Isto já vale para assistir ao filme para qualquer pessoa que trabalha com a criatividade .

É muito estimulante ver como cada um fala de seu talento e de como começou na música; suas descobertas, enganos, amadurecimento. A busca pelo processo criativo ficou nítida nos três; a importância que dão à música como arte e não apenas como um mero tocar um instrumento ou ter sucesso. Cada um queria deixar sua marca, fazer algo diferente, e como isto é inspirador em uma época em que cada vez mais as pessoas se massificam e querem seguir modismos, de todos as formas. Foi realmente emocionante ver emanando de suas personalidades a sabedoria de Jimmy Page, a maturidade de The Edge, e a ainda rebeldia de Jack White, permeadas por uma jovialidade eterna que só os verdadeiros artistas têm.

O filme tem o encontro dos três músicos em uma conversa informal e algumas improvisações coletivas, além de entrevistas solo e material antigo mostrando, por exemplo, Jimmy Page no Yardbirds. Parabéns ao diretor Davis Guggenheim ( Uma Verdade Inconveniente) pelo filme e pela ideia de reunir as três gerações em torno da guitarra e da música!

Por tudo que falei até agora confesso que fiquei bastante decepcionada quando me deparei com um cinema vazio ao chegar em cima da hora da sessão, depois do ônibus onde eu estava ter quebrado e eu ter que esperar outro, torcendo para ainda ter ingresso, já que não havia comprado com antecedência. Está certo que sabia que o público para o filme seria muito específico, mesmo assim acho que no Rio de Janeiro existem mais músicos e amantes do rock do que o número de vinte pessoas. Minha esperança é que a sessão vespertina e a tarde fria e chuvosa tenham sido o motivo do público fraco, pois o filme vale muito a pena!

Já houve duas exibições na segunda, no Cinemark da Barra (quem sabe não foi mais concorrida?) e hoje às 19 horas ainda há uma sessão no Leblon 1 (onde assisti) e na sexta, dia 2, haverá duas exibições no Roxy 3 ( Copacabana), às 16:30 e às 21:30. Então... ainda dá tempo para assistir!

Bom, não podia sair daqui sem deixar um vídeo com Jimmy Page, e escolhi umas das músicas do Zeppelin que mais gosto, "Baby I'm gonna Leave You. Não é a toa que já falaram que as músicas românticas mais bonitas são feitas pelos roqueiros!
Aproveitem então,Page e Plant nesta versão apoteótica e orgásmica de Baby I'm Gonna Leave You, aqui no Rio de Janeiro!

Anna Leão

Comentários

Desiane Ayala disse…
Espero que este filme passe aqui em Poa!
Acho que o vazio do cinema era devido ao fato da tarde fria e chuvosa!Mesmo assim vale a pena!
Um grande beijo!
Anna Leão disse…
AH, espero mesmo que passe aí, Desiane!
E espero também que as sessões de amanhã lotem!
Um beijo grande,
Anna